Comentários Totalmente Random parte 9: a bolsa

Eram umas 10 da noite e eu estava sentado no banco do ônibus, voltando do curso para casa. A noite estava assaz agradável (arrisco até uma CNTP) e eu aproveitava a viagem sem qualquer problema; o ônibus não estava cheio, as poucas pessoas presentes encontravam-se imersas num silêncio de cansaço após um dia de trabalho, e o trânsito fluia tranquilo. O ronco do motor era somente interrompido pelo característico apito da borboleta, que indicava a entrada de mais um passageiro. Pois bem... alguns dos novos passageiros sentavam-se na parte dianteira do veículo, chamando as vezes minha atenção, porque eu estava virado para a janela, porém sentado no lado do corredor; se alguém quisesse se sentar, não queria ficar distraído. Eis que num momento em que virei o rosto para verificar o movimento, fui atingido no rosto. O artefato que me atingira era semelhante à uma luva de boxe; admito que a força aplicada havia sido superior à força de um lutador desse esporte, por isso, durante alguns segundos, cogitei devolver o golpe da melhor maneira possível (resposta de luta ou fuga), já prevendo uma possível ameaça, como um assaltante. Mas aí dei por mim que o tal artefato não era nem lutador nem assaltante; era só a bolsa de uma jovem estudante. Que por sinal nem percebeu que sua arma letal havia quase me nocauteado.

Agora a questão é a seguinte: por que as bolsas das mulheres são tão pesadas?! Existem enciclopédias mais leves que a bolsa que me acertou! É até compreensível certos objetos essenciais como maquiagem, carteira, celular, absorvente, chaves e SÓ! Tem mulher na rua que carrega furadeira elétrica, dicionário Aurélio (completo), cilindro de hidrogênio e grill família George Foreman (porque só o George é igual ao George) dentro da bolsa... Ora, nunca se sabe quando vai precisar de um desses. O pior é que a usuária raramente consegue encontrar o objeto desejado numa primeira tentativa. São necessários vários segundos de procura para se achar um celular, por exemplo. E quando questionadas pela demora... não, melhor não questionar pela demora.

Vai entender...